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Um novo olhar sobre a arte
 
Julia Berwerth
Thainá Tozze

Projeto aprovado pelo Ministério da Cultura a captar recursos pela Lei Rouanet é lançado em Campinas

Constituir uma companhia de teatro agrupando atores que tenham ou não algum tipo de deficiência. Este é o objetivo da Companhia de Arte Intrusa, um projeto desenvolvido pelo Laboratório do Ator em Campinas. O projeto foi lançado no dia 30 de novembro, no Centro de Convenções da Unicamp, onde o diretor José Tonezzi fez uma breve exposição do objetivo da companhia. “É uma proposta inusitada, porque esse projeto parte da iniciativa de uma companhia de teatro, ou seja, o objetivo é artístico e profissional, não apenas de âmbito terapêutico”, afirma.

            A Companhia busca trabalhar a partir das qualidades do indivíduo incorporando também suas dificuldades e abre espaço para a participação de todos. “Eles (atores) devem ser encarados sem a questão da condolência, da pena. Estarão sendo chamados a mostrar suas capacidades, este é o diferencial da Arte Intrusa”, explica Tonezzi. Cerca de quarenta pessoas se inscreveram para participar da seleção para o elenco, realizada no dia 15 de dezembro no SESC -  Campinas.

              O projeto foi aprovado pela Lei Rouanet e agora está em fase de captação de recursos. O projeto precisa de espaço, ajuda de custo para a equipe e verba para a produção de um espetáculo. Os ensaios terão início em fevereiro de 2006, com até três ensaios por semana. O resultado cênico está previsto para agosto de 2006.

Participaram do lançamento da Companhia de Arte Intrusa instituições e empresas, que aprovaram a iniciativa. “Nessa área de entretenimento, nunca havia visto nada parecido. Temos outras parcerias com projetos de cunho social, principalmente na questão da inclusão e empregabilidade de pessoas com deficiência, mas a questão teatral é inovadora”, diz Ricardo de Souza, representante da Otto Bock do Brasil, empresa que atua há 30 anos no mercado com fabricação de próteses ortopédicas.

Para o professor de Educação Física do Instituto Educacional Dona Carminha, José Benedito Filho, projetos como esse aumentam a comunicação entre os deficientes e o mundo ao seu redor, além de estabelecer uma parceria em prol dos deficientes. Opinião compartilhada pela pedagoga da instituição, Cenira Gums. “Acredito que estão deixando de ver o deficiente como uma pessoa que só precisa de atendimento pessoal e passando a vê-los capazes de atuar na sociedade”, ressalta. O instituto atende crianças e adolescentes de 3 a 18 anos com quadros de surdez e surdez associadas a outras deficiências.

 

             Durante a apresentação do projeto no Centro de Convenções, a jornalista e atriz Kátia Fonseca interpretou a peça “Lautrec”, baseada na vida do pintor Francês Toulouse Lautrec, que rejeitado por sua aparência física disforme se impõe por meio de sua arte. A atriz, assim como a personagem, é portadora de nanismo em conseqüência de má formação óssea congênita que provocou o atrofiamento dos membros superiores e inferiores.

Segundo Kátia, que também é presidente do Centro de Vida Independente de Campinas (CVI), ONG internacional para pessoas com deficiência, a iniciativa da Companhia Arte Intrusa é um passo decisivo para a ampliação do movimento de defesa de deficientes. “Se expressar por meio da arte faz com que ocorra o aumento da auto-estima e possibilita ao deficiente que se torne visível perante a sociedade”. Na opinião de Kátia, essa visibilidade é o primeiro passo para a quebra do preconceito, que nada mais é do que o desconhecimento.




























































































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